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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Dia dos Namorados


Dia dos Namorados
14 de Fevereiro de 2012
Para comemorar o Dia dos Namorados, os alunos do curso Cef de Práticas de Ação Educativa realizaram uma atividade que consistiu numa pesquisa e seleção de três símbolos tradicionais alusivos ao tema: a Cantarinha dos Namorados, o Lenço dos Namorados e o Coração do Minho.  
Em seguida elaboramos três grandes painéis onde foram desenhados e pintados esses símbolos que, posteriormente, ficaram expostos na entrada da escola. Para esta atividade também decoraramos uma árvore com corações feitos em pasta de moldar, pintados de vermelho e dourado e um quadro de recolha de frases relacionadas com o amor.
Com esta atividade ficamos a saber mais sobre as tradições e memórias de outros tempos, como por exemplo em relação à Cantarinha das Prendas ou Cantarinha dos Namorados, como é vulgarmente conhecida, que é uma peça típica do artesanato de olaria de Guimarães, tendo sido criada ou recriada no século XIX. Segundo a tradição, quando um rapaz se dispunha a fazer o pedido oficial de casamento, primeiro oferecia à namorada uma Cantarinha das Prendas. Se esta era aceite, estava formalizado o pedido particular, dependendo apenas da vontade dos pais anunciar-se o noivado. Uma vez dado o seu consentimento e tendo estes chegado a um acordo quanto ao dote, a Cantarinha servia então para guardar as prendas que o noivo e os pais da noiva ofereciam: cordões, trancelins, corações, cruzes, borboletas, estrelas, arrecadas, relicários e outros objectos em ouro. Este uso há muito que foi posto de parte, restando apenas a tradição.
O "Lenços de Namorados", também conhecidos por "Lenços de Pedidos" esteja intimamente ligada aos lenços senhoris dos séculos XVII - XVIII, que posteriormente foram adaptados pelas mulheres do povo, adquirindo os mesmos, consequentemente, um aspecto mais popular. É uma peça de artesanato e vestuário típico do Minho, sendo usado por mulheres com idade de casar.
Era costume ensinar às raparigas a arte de bordar para que, mal entradas na adolescência, começassem a preparar o enxoval. O lenço era bordado então, nas longas noites de serão, nos momentos livres do dia ou aquando do apastoramento do gado, pela rapariga apaixonada que ia transpondo para o lenço os sentimentos que lhe iam na alma. Era usado como ritual de conquista. A rapariga usá-lo-ia ao domingo na trincha da saia ou no bolso do avental; mais tarde oferecê-lo-ia somente ao rapaz que amava como compromisso de amor. O namorado (também chamado de conversado) passaria a usá-lo ao pescoço ou no bolso do casaco do fato domingueiro, como modo de mostrar que tinha dado início a uma relação. Caso não usasse o lenço publicamente era sinal que tinha decidido não dar início ao namoro.
Nos lenços poderiam ter bordados versos, para além de vários desenhos, alguns padronizados, tendo simbologias próprias: Rosa quer dizer mulher, coração é amor, lírios simbolizam a virgindade, cravos vermelhos são sinónimo de provocação, e os pombinhos significam os namorados.
Se bordava com erros ortográficos, isso era pormenor insignificante, o que contava - e conta - são os sentimentos.
Por seu lado, o coração de ouro, vulgarmente conhecido como coração do Minho, é também um símbolo do amor. Originalmente, essa simbologia estava relacionada com o amor a Deus, sendo que as “chamas” do coração correspondiam à devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Esta crença enraizou-se em Portugal por devoção da rainha D. Maria I e foram os Jesuítas que se tornaram seus paladinos no século XIX. Por isso o coração do Minho mantém o formato de cornucópia, isto é, um perfil rococó, que ganhou nas origens e não mais perdeu.
O coração em metal precioso permaneceu, ao longo dos tempos, também, como um objeto de oferta entre casais dado o seu grande valor simbólico.

O Curso CEF Práticas de Ação Educativa







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